Top 5 Animes ruins que são bons (Guilty Pleasures)

essa vez uma lista diferente. Já ouviram falar do termo “guilty pleasure”? É quando você assisti algo cheio de problemas no roteiro, trash, exagerado, dentre outros possíveis problemas, mas você se diverti muito com tudo aquilo, e se bobear queria até uma segunda temporada. Nada impede a obra de ter pontos bem positivos também, mas é aquele negócio que você admite que tem sim muitos problemas que a pessoa vai ter que ignorar para aproveitar melhor. Isso é uma lista disso

5 Animes Ruins que eu adoro (Guilty Pleasure)

 

5. Ben-to
Adaptação de Light Novel

 

Gênero: Ação, Comédia, Ecchi Light

Episódios: 12

Esse anime é bem nonsense, então pra ele funcionar, ou você não leva ele muito a sério ou imagina que aquilo é um mundo paralelo aonde as pessoas de fato quase matam umas as outras por um Bento, e a polícia não interfere.

A comédia desse anime, fora essas brigas por Bento, funciona muito bem e me fez chorar litros. Já a parte das lutas é discutível. Algumas são até bem animadas, apesar de no geral ser mediano. O que mais empolga mesmo é a direção nesse aspecto, sabendo usar o que tem a disposição. Algumas lutas são absurdamente violentas, a ponto de quebrarem o tom cômico do anime e ficar uma sensação estranha pra ser honesto. Essa abordagem super violenta as vezes é uma das coisas que não achei que combinava com a obra.

No geral eu gostei muito do anime, me fez rir um bocado e a ação era até divertida de ver, quando não estava tentando pegar pesado demais. Só o final que foi meio decepcionante. Você está esperando uma coisa mas ela acaba não acontecendo, e isso baixou um pouco a nota do anime pra mim. Se não tentassem levar tão a sério os combates nonsense e deixassem de enfiar dramas, também difíceis de levar a sério, teria funcionado melhor pra mim. Ainda assim, um dos animes mais divertidos que já assisti.

4. Girls und Punzer
Anime Original

Gênero: Ação, Militar, Escolar
Episódios: 12 (+Filme)

Um anime de garotinhas pilotando tanques em competições de times. É algo bem diferente, e conseguiram deixar incrivelmente divertido, se focando mais nas competições do que no cotidiano delas. Depois de uma breve introdução começa um torneio em cima do outro, e eles são bem divertidos de assistir.

A parte ruim é que são extremamente nonsense, com garotas atirando balas de canhão uma na outra, tanques pegando fogo, e sempre tudo de boa, sem ninguém se ferir gravemente. A física dos tanques é cheia de exageros no anime, mas deixam ela completamente de lado no filme, aonde pouco faz sentido. Ainda assim, é um anime movimentado e divertido que, ironicamente, você de fato aprende muito sobre diversos tipos de tanques de combate.

3. HighSchool of the Dead
Adaptação de Mangá

Gênero: Ação, Sobrenatural, Ecchi, Horror

Episódios: 12 (+OVA)

Esse anime é um excelente exemplo de como fazer um bom ecchi divertido. Ele tem um monte de fanservice, mas a prioridade é sempre manter a trama movimentada e suspense constante. E com o elenco passando aperto em meio ao caos de um apocalipse zumbi fica difícil desgrudar os olhos da tela.

O primeiro episódio já termina em uma situação bem trágica, que dá gravidade ao enredo, mas também mostra como que é um negócio meio exagerado. Nos episódios seguintes, o grupo de personagens que sobreviveram vão se juntando e tem que dar um jeito de fugir do colégio, e só depois encontrar um lugar seguro (o que é meio difícil com praticamente a cidade inteira tendo virado zumbi). Ao mesmo tempo vão sendo mostradas outras partes do mundo com a praga se espalhando, e uns dramas aqui e ali.

O elenco tem um bando de mulheres bem apessoadas da qual a garota psicopata da Katana é a que mais se destaca para a maioria (a professora peituda esta mais para o alivio cômico do que outra coisa). O protagonista faz bem seu papel de Alpha, dando suporte ao grupo e sendo importante nas cenas de ação. Mas vale destacar um dos gordinhos mais legais que já vi em animes também. Ele parece um personagem nojento ao primeiro momento, mas rapidamente se torna um membro essencial para o grupo, tendo ótimas cenas mesmo nos momentos de ação (se o autor terminar essa obra um dia espero que ele consiga ficar com a garota que gosta, ele merece).

O contra é o exagero pesado do anime, a ponto de ter uma garota tendo um orgasmos enquanto mata zumbis. Ou seja, é algo difícil de levar a sério, e o próprio diretor colocar cenas bem zuadas e exageradas no meio. Para piorar, termina em aberto, e nunca deve ter continuação. Então embora um anime super divertido, é algo que tem que ser assistido de forma descompromissada. E vale ressaltar que é um dos ecchis mais bem animados que você vai encontrar por ai.

2. Mirai Nikki
Adaptação de Manga

Gênero: Ação, Horror, Psicológico, Drama, Romance

Episódios: 26 (+OVA)

Esse aqui é um caso engraçado. Analisando friamente a execução do roteiro, ele está longe de ser um bom anime. Mas em termos de entretenimento ele funciona, e tem uma personagem tão assustadora, louca, e ao mesmo tempo carismática, que você dificilmente consegue não se divertir um bocado por 27 episódios. É um anime absurdamente popular, e outro dos muitos que a maioria que está começando acaba pegando para ver (tem a Yuno espalhada pela internet inteira fazendo propaganda do anime, já que não se fala em Yandere sem lembrar o nome da criatura). Se não quer ficar perdido quando começarem a discutir yanderes recomendo que conhece a louca da Gasai Yuno.

O protagonista masculino é difícil de aguentar no início, dado seu baixo índice de confiança e falta de atitude. Quem leva o anime nas costas é a personagem feminina, Yuno, o protagonista mesmo só melhora depois de uma virada pela metade do anime e no final, em que finalmente para de correr e resolve jogar o jogo pra valer. A história é bem movimentada, mantendo um clima de suspense intermitente com doses de ação e muito sangue voando. Tem algumas sequencias legais e a opening é bem marcante, mas no geral a parte técnica é só mediana.

O anime segue em um clima de Battle Royal com várias pessoas em situações distintas, algumas tentando realmente matar os outros para virar o próximo Deus, e outros tentando um caminho diferente. Os diários de cada um prevendo o futuro de maneiras distinta dão uma boa ajuda para formação de estratégias, criação de suspense e reviravoltas. O anime segue nesse esquema de inimigo em inimigo, ao mesmo tempo que o protagonista masculino nunca tem certeza se a protagonista feminina que o está ajudando é inimiga ou aliada. Mais personagens centrais vão sendo apresentados com o tempo, mas a melhor de todas é Minene, que tem um desenvolvimento e final muito legal (não esperava esse tipo de tratamento para uma “vilã” louca como ela). Já os outros personagens não são tão memoráveis assim (talvez o de cabelo branco….).

Depois da metade começam a rolar vários twists  que me pegaram completamente desprevenido quando li o mangá. E se você já achava a Yuno interessante vai começar a achar ainda mais depois das diversas viradas do enredo no final. O Yuki finalmente começa a mostrar a que veio nessa parte. Ele não tem um transplante de personalidade, mas melhora bastante. Tem até algum romance.
Não deixem de assistir a OVA, já que o anime termina meio em aberto e é a OVA que completa o final (é o epílogo). Faltou uma explicação nela sobre como o que aconteceu nos minutos finais se sucedeu (não tem muito mistério, foi o Deus que conectou eles, mas o anime não explica isso, só as páginas finais do último capítulo do mangá). É até engraçado porque no geral a OVA é um epilogo bem mais completo (tem bastante coisa original) que o final de 14 páginas do mangá, mas por deixarem esse detalhe que comentei de fora dela acabou ainda sendo viável dar um olhada no final do mangá.

Vale ressaltar que o anime tem vários problemas, que vão desde cenas meio sem lógica em algumas partes, a exageros nas ações dos personagens que dão um ar trash a obra com alguma frequência. Existe também uma estranha sensação que os personagens estão lendo a mente um do outro em cenas de ação. Mas como um roteiro sucinto nunca foi o forte de Mirai Nikki o negócio é relevar. Como eu disse, pra maioria o entretenimento vai compensar os problemas do roteiro, mas para alguns pode não ser esse o caso.

Mirai Nikki está longe de ser uma obra perfeita e com uma adaptação devida (o mangá funciona melhor, mesmo com o anime fazendo uma OVA mais completa que o final do mangá), mas dentro do campo do entretenimento com muito gore e um roteiro frenético é uma das melhores opções, não a toa é um dos 20 animes mais populares do site MyAnimeList. Para quem consegue perdoar falhas de roteiro e uns desenvolvimentos meio trash aqui e ali é uma obra que vale a pena dar uma olhada.

1. Cross Ange
Anime Original

Gênero: Ação, Romance, Ecchi, Sci-fi
Episódios: 25

Esse anime apresenta um mundo interessante misturando sci-fi pós-apocalíptico e dragões, e vai expandindo a coisa toda a base de reviravoltas e explicações ao longo dos episódios. Ele tem um início bem polêmico, mas não dropem por causa daquela cena do primeiro episódio como eu quase fiz, tentem ir até o episódio 3 ou 4.

O grande problema de Cross Ange é que enquanto ele explica muita coisa outras são meio sem sentido ou nem são explicadas (o ep 22 é o mais descarado nesse aspecto). Para piorar tem vários diálogos e cenas meio trash, e mesmo pra quem curte ecchi a sexualização das personagens pode ser pesada até demais as vezes.

De bom esse anime tem o entretenimento, com ação e algum desenvolvimento do plot em todo episódio praticamente, a comédia romântica da Ange com seu par (mostra ele na Opening) e um excelente desenvolvimento da personagem principal. Ange, a protagonista, é um porre nos primeiros episódios, a ponto de você não ligar muito pro sofrimento dela, até acha que ela merece. Mas ela vai mudando com o tempo de tanto levar na cabeça.

Achei muito legal como não usaram o recurso de um evento mudar ela completamente. Por mais que ela passe por um bando de eventos traumáticos a mudança dela é bem gradual, e a essência da personagem se mantem intacta, ela só se torna uma pessoa melhor (e bem mais madura) do que era no início do anime. Isso é muito legal porque a diferença é gritante da Ange do começo e do fim, mas você acompanhou essa mudança de pouco em pouco a cada episódio. Não fosse alguns problemas de roteiro e partes trash esse seria meu top 3 dessa lista com uma nota 9, porque descontando os erros gostei da história e da personagem principal. Além de ser o único da lista com final fechado.

As batalhas de CrossAnge são até legais (infelizmente a animação e consistência é bem instável, horá boa, hora mediana e as vezes fraca) com mechas que ficam mudando de forma, variando entre nave e robô. Isso dá uma agilidade bacana as lutas, e a empolgante trilha sonora também contribui bastante.

Como a Opening já entrega a Ange ganha um interesse romântico, que está sempre a ajudando nos momentos críticos. Ele demora uns 5 episódios para aparecer, mas quando aparece estreia um dos episódios mais engraçados da série. Tusk não é desenvolvido como a Ange mas é um personagem super simpático e a participação dele vai aumentando conforme o anime caminha (ele tem uns 3 episódios no primeiro cour e mais da metade no segundo).  Outra coisa engraçada é que esse deve ser o primeiro anime que vi aonde o cabelo da personagem vai crescendo gradualmente durante os episódios, o que é bem legal.

Sobre o fanservice, não coloquei ele na lista de ecchis a toa, ele tem fanservice a todo momento, e até quando as garotas estão pilotando os mechas a direção tenta ao máximo explorar ângulos sensuais. Ange está constantemente nua ou quase nua, e o Tusk é um aprendiz do Rito de To Love Ru, ele adora cair naquele lugar! (calma, ele não é lesado igual ao Rito, ele “chega lá“!). Não acho que teria chance em uma lista normal de animes de aventura e ação, mas em uma de ecchis a trama dele pode ser considerada até superior a da maioria em termos de complexidade (pena ter várias furos).

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